domingo, 19 de agosto de 2012

Selá

E a poesia morreu
A melodia se escafedeu
Os sonhos saíram pulando pela janela
Uns vieram a falecer na queda
Já os outros, nos quatro cantos do mundo
Estão passando seus últimos segundos
Talvez um dia voltem...

Meu mundo é tão pequenino
O meu amor veio tão repentino
Mas se foi
E agora eu estou repetindo
Sei que não há nada de novo
Mas queria recomeçar tudo de novo
Talvez a Lua me conte de algum fato melhor
Talvez me traga notícias em Mi menor

Meu destino deve mesmo ser
 gauche na vida
Como me disse, quando nasci
Um anjo torto desses que vivem na sombra
(Quem lê, entenda)

Ai de mim se não fosse poeta
Mas aí, já não seria eu
E sim, uma rima incerta
Sou uma rima incerta
Por isso não sou poeta
Meu mundo é contraditório
E eu já cansei de todo esse repertório

Do amor à dor
Do sorriso ao choro
Da alegria à tristeza
Da riqueza à pobreza

Do risco à segurança
Do amanhã à lembrança
Do agora ao nestante
Tudo num instante!

Não consigo mais poetizar
Pois a poesia fugiu de mim
O amor saltou daqui
E talvez nunca mais volte assim

Dizem que quando não se sabe pra onde quer ir
Qualquer caminho serve
Então qualquer caminho vou seguir
E chegarei, assim, a lugar nenhum

Tudo o que busco na poesia
Inda hei de achar
Mas no dia em que ela vier a morrer
Não hão de me encontrar
Morreu todo o meu ser
Morreu a rima
Selá.

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