Pra depois ter que pôr de lado
Não quero esse amor absurdo
Pra no lixo ser disperdiçado
Não quero ser poeta
E despejar mil palavras
Não quero ser poeta
E despejar mil palavras
E essas se tornarem como dejetos -
Despejadas nos mares
Quem lê, despreza
Que me despreza, lê
Quem me lê, não sabe nada
Estou fazendo mil planos
Pra depois o vento espalhar meus papéis
Para a chuva molhar e manchar meu quartel
Meu quartel-general - o meu coração -
Escrever também dói, sabia?
E alguém vai chegar, de repente
Amaldiçoando meus planos
Rindo de mim
E eu terei de sair de mim
E já não serei poesia
Serei apenas agonia
Sou um verso oco
Oco e morto
Morto e preciso de amor
Preciso do teu amor
Para poder sobreviver
Para poder sobreviver
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