Inquietações.
São olhos e inquietações.
Mais inquietações.
Em uma folha de papel há muito pouco incômodo.
Suores e cabelos,
Algumas poucas gramas de desespero.
Teus olhos têm medo;
Meus olhos te causam medo.
Contrações.
Dores de parto.
Gemidos –
um orgasmo!
Um corpo que se estira
Ou se debate
Dentro de uma gaiola.
Um palavrão.
Uma palavra certa
No momento certo
Veja bem se estou correto:
Hoje é dia!
Hoje tem!
Tem poesia
E inquietações também!
quarta-feira, 31 de julho de 2013
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Da última vez...
Da última vez que te vi
Eu não te reconheci
E tive que partir
Mas foi você quem deixou saudades
Da última vez que te vi
Foi a primeira
E eu não te esqueci
Teu olho me ganhou em uma só jogada
Da última vez que te vi
Foi a primeira – e desespero:
a última jamais!
Da última vez que te vi
Nunca pensei em ser tão repetitivo e tão ridículo,
mas fico a pensar:
Se eu não fosse louco não te amaria
e armaria! – jamais escreveria
Da última vez que te vi
Gostaria que fosses derradeira ilusão
A última vã sensação
Porque não sei se te verei novamente
São tantos últimos, tantos inícios
Mas tudo sempre acaba no vazio...
Da última vez que te vi
Eu fiquei no vácuo
No vácuo, mas feliz
Feliz, mas no vácuo
– Não, eu não estava feliz!
E muito menos com essa recessividade
Que zera minhas chances de te ver
Da última vez que te vi
Me arrependi de não ter sentado do teu lado
Para sentir o cheiro
Daquela tua blusa rosa
Da última vez que te vi
Eu tive medo de morrer mais uma rosa
Da última vez que te vi
Você me viu
Como se não fosse a primeira vez
E assim morri nessa paixão tola
Como se fosse a primeira vez
Da última vez que te vi
Comparei meu desespero ao dos últimos meses e percebi
*Que sem amor, sem ilusão
A minha vida é em vão –
Isso é morrer!
Morrer sem você
Morrer sem te ver
Pelo menos mais uma vez
Pelo menos mais uma última vez
Da última vez que te vi
Você estava aqui em minha mente
E acordei feito um demente
Vendo ser você apenas mais uma miragem no deserto
Trecho da canção Cuidar mais de mim – Paula Fernandes
Eu não te reconheci
E tive que partir
Mas foi você quem deixou saudades
Da última vez que te vi
Foi a primeira
E eu não te esqueci
Teu olho me ganhou em uma só jogada
Da última vez que te vi
Foi a primeira – e desespero:
a última jamais!
Da última vez que te vi
Nunca pensei em ser tão repetitivo e tão ridículo,
mas fico a pensar:
Se eu não fosse louco não te amaria
e armaria! – jamais escreveria
Da última vez que te vi
Gostaria que fosses derradeira ilusão
A última vã sensação
Porque não sei se te verei novamente
São tantos últimos, tantos inícios
Mas tudo sempre acaba no vazio...
Da última vez que te vi
Eu fiquei no vácuo
No vácuo, mas feliz
Feliz, mas no vácuo
– Não, eu não estava feliz!
E muito menos com essa recessividade
Que zera minhas chances de te ver
Da última vez que te vi
Me arrependi de não ter sentado do teu lado
Para sentir o cheiro
Daquela tua blusa rosa
Da última vez que te vi
Eu tive medo de morrer mais uma rosa
Da última vez que te vi
Você me viu
Como se não fosse a primeira vez
E assim morri nessa paixão tola
Como se fosse a primeira vez
Da última vez que te vi
Comparei meu desespero ao dos últimos meses e percebi
*Que sem amor, sem ilusão
A minha vida é em vão –
Isso é morrer!
Morrer sem você
Morrer sem te ver
Pelo menos mais uma vez
Pelo menos mais uma última vez
Da última vez que te vi
Você estava aqui em minha mente
E acordei feito um demente
Vendo ser você apenas mais uma miragem no deserto
Trecho da canção Cuidar mais de mim – Paula Fernandes
domingo, 14 de julho de 2013
Uma forma mecânica de sentir
Procurei as palavras certas pra conter essa tristeza, mas descobri que palavras são só palavras. Uma forma mecânica de sentir. Descobri também que palavras não valem nada, assim como agente deixa de sentir. Inda não descobri uma forma de superar tudo isso, mas graças a Deus você se foi de meu caminho antes que eu tombasse no seu muro –
o fim do meu mundo de ilusão. Ah! quem dera fosse o fim! Por que escrevo mesmo? Por quem transbordo o peso? dos sentimentos e emoções. Talvez eu deva ter esquecido que rimas não são palavras repetidas. Malditos advérbios! Maldito destino! Por que não ser um "não ser" escrito? Inda talvez fosse melhor não transbordar – como se isso me resolvesse alguma coisa! Não me obrigo a nada, por isso, transbordo por dentro de tudo aquilo que nunca vivi... talvez por preguiça, talvez por comodidade mesmo. Mecanicamente fui arrastado pelaquele mar e me esbagacei em meio às águas da correnteza. Vivi num instante e vi que nada disso fazia sentido – nem o português, tampouco o brasilês. Que sentir é ilusão, que viver é mera sensação.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Mas, e agora?
A única maneira de sobreviver é me jogando do precipício? A única alternativa será me entregar a tudo que eu ia à contramão? E o amanhã que me prometeram? E todas aqueles certezas que se perderam? O amanhã é mais nada. O futuro, uma roubada!
Me prenderam numa cilada que é existir e matar tudo dentro de mim. Mudanças que ocorrem no tempo e no espaço, mas tudo que existe é o relógio e a sua vontade de contar o tempo. A sua vontade? A minha? A de quem mesmo?!
Sabe, eu perdi aquela vontade de viver, perdi aquelas quimeras simplistas matinais, perdi... Eu me perdi. Perdi tudo quanto queria - mera fantasia! querer tudo o que se pode... eu posso continuar apenas existindo? Ou existindo continuar apenas posso?. A existência é um poço, um poço sem fundo no qual pisei bem fundo na lama naquele dia de chuva daquela minha imaginação mútua. Eu só queria uma rima. Eu só queria rimar. Eu só queria amar.
Me prenderam numa cilada que é existir e matar tudo dentro de mim. Mudanças que ocorrem no tempo e no espaço, mas tudo que existe é o relógio e a sua vontade de contar o tempo. A sua vontade? A minha? A de quem mesmo?!
Sabe, eu perdi aquela vontade de viver, perdi aquelas quimeras simplistas matinais, perdi... Eu me perdi. Perdi tudo quanto queria - mera fantasia! querer tudo o que se pode... eu posso continuar apenas existindo? Ou existindo continuar apenas posso?. A existência é um poço, um poço sem fundo no qual pisei bem fundo na lama naquele dia de chuva daquela minha imaginação mútua. Eu só queria uma rima. Eu só queria rimar. Eu só queria amar.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Vanidadade II
Escrever por escrever
Só pra passar o tempo
Só para não ler
O que se passa no tempo
Fazer por fazer
Só pra ignorar o relógio
Só pra deixar de ver
O que é tão óbvio
Viver por viver
Só pra dar uma espiada
Só pra perceber
O que fazes na sacada
E mais uma vez escrever
O que não posso esquecer
Mais uma vez escrever
O que nunca fui viver
Fiz só por fazer
Vivi só por viver
Mas nunca esqueci
O que não escolhi fazer:
Amar você.
Só pra passar o tempo
Só para não ler
O que se passa no tempo
Fazer por fazer
Só pra ignorar o relógio
Só pra deixar de ver
O que é tão óbvio
Viver por viver
Só pra dar uma espiada
Só pra perceber
O que fazes na sacada
E mais uma vez escrever
O que não posso esquecer
Mais uma vez escrever
O que nunca fui viver
Fiz só por fazer
Vivi só por viver
Mas nunca esqueci
O que não escolhi fazer:
Amar você.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Uma daquelas histórias que não se vê por aí
Era uma vez uma casinha, uma casinha era uma vez.
Já não é mais.
Eu vi-a ao longe,
tão longínqua quanto as águas daquele rio caudaloso.
Era uma vez um rio caudaloso;
o meu amor morreu afogado nele.
Morreu, já não vive mais.
Mas sempre senti-o tão distante, que tanto faz.
Era uma vez um tanto faz,
tanto fazia
que tanto fez.
Fez, sofreu, riu e sorriu.
Tanto fez que não vingou.
Era vez uma planta que não vingou.
Ela parecia a mais bela e a mais distinta
- um oásis num deserto.
Trágico. Era uma miragem.
Era uma vez uma miragem, mas não o era,
pois nunca existiu.
Já não é mais.
Eu vi-a ao longe,
tão longínqua quanto as águas daquele rio caudaloso.
Era uma vez um rio caudaloso;
o meu amor morreu afogado nele.
Morreu, já não vive mais.
Mas sempre senti-o tão distante, que tanto faz.
Era uma vez um tanto faz,
tanto fazia
que tanto fez.
Fez, sofreu, riu e sorriu.
Tanto fez que não vingou.
Era vez uma planta que não vingou.
Ela parecia a mais bela e a mais distinta
- um oásis num deserto.
Trágico. Era uma miragem.
Era uma vez uma miragem, mas não o era,
pois nunca existiu.
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