Me propus a saber o que nunca saberei. Propus-me
a entender o que nunca entenderei. É sobre essa busca comum a todo ser humano
do que é o amor. Sei que tudo isso é lugar-comum, e que jamais encontrarei as
respostas satisfatórias nas quais eu realmente anseio, mas mesmo assim, decidi
arriscar.
Não vou me prolongar demais a falar de “amor”. Esse que não é nem gente, nem
animal. Não é carnívoro, nem vegetal. O amor não é nada, o amor é tudo. É tão
fácil de entender - é um absurdo! Quem nunca foi pego de surpresa por uma tal de
paixão e ousou chamá-la de amor? Quem nunca disse pra ela: - Faça-me um favor!
Ah, mas ela nunca responde. Se faz de surda e distante, e põe todos à loucura. Não! Não vou me desviar do curso inicial do meu rio de palavras. Vou permanecer
no leito, porque sei que há muito mais – muito mais palavras repetidas, muito
mais rimas iguais, muito mais começos e os seus finais.
A questão aqui é a utilização de vinte e seis letras e vários sinais para
tentar descrever e explicar o amor. Não, não quero. Isso seria banalizá-lo
demais! Me atenho apenas a senti-lo e dizer com palavras tudo aquilo que já foi
dito, mas nunca se cansa de ouvir. Me atenho apenas a observar as histórias de
loucas e arrebatadoras paixões de crianças, jovens e até de velhos, todas
iguais, em seus começos e seus finais.
Assim é o amor. Por culpa dele você chora e ri, comemora e sofre, sente e
desmente, na verdade, apenas sente. Não tenho mais como falar, pois não há como
expressar este ser em suas várias formas e expressões. Não vou mais encher linguiça, pois cabe a ti - e apenas a ti - decidir viver
assim... decidir viver o amor. Eu vim ver o amor, e este me disse oculto em
seu mistério: - Deixe que cada um me descubra e decida se me
leva a sério!
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