domingo, 11 de setembro de 2016

Batidas de Ukulele

Suaves batidas de ukulele
Que o vento dispersa
Tua foto ele dispersa
Sobre amores ele versa
E baila sobre o tempo
Sobre as vidas
Numa mesma rima
Num dia sem querer
Num dia em que não se quer
Angústia
A existência
De um velho amor sinto falta
Ou apenas das vãs palavras

É vermelho, mas negro
É suave, mas branco
Vinho mais tinto
De chocolate
De adeus
Do amor
Que morre fúnebre
Em ataque funesto
Ansioso, nada honesto
Que padece no sexo
Se desvanece desonesto
Pela falta de nexo

Meu amor, eu te confesso:
Se morres, se te vais
Me olvidares lá nos montes
Que não sejam distantes
Nossas batidas dissonantes
Que sejam sempre constantes
Até tornarem ao mesmo compasso principiante

sábado, 25 de junho de 2016

Hibernação

Cai como gota

D
e
s
t
i
l
a
d
a

Como frio e chuva

E
  n
    a
      m
         o
           r
             a
               d
                 a

As lágrimas do saber
De quem não irá mais saber
Beijar
E te amar

Num frio louco e sem fim
Nu e frio
Tão pouco e sim

Com uma pá
Enterro esta dor
Com suor
Despeço este amor
Que desfaço em palavras
Como algo que nunca existiu
Mas que se pode voltar a sentir

E assim me cubro e durmo
Num sono pouco e sem fim.