segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Sombras no azul

Teus olhos são como velas
Como veias no escuro
Como sombras no azul
Que aumentam a imensidão
Me dão a dimensão
De quem és, quem fostes, de quem serás
Serás tu alguém algum dia?
Ou tua voz apenas melodia?
Se um dia ainda te digo "eu te amo"
Eu nem sei
Só sei
Que teu olhar
É imensidão
E a tua voz loucura
Que eu nunca digo "não".

Para Vilas

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Lânguido

Quero uma canção e um pôr-do-sol, por favor. Apaga esse teu cigarro e senta aqui. Não vou te segurar por muito tempo, pois minhas mãos já estão cansadas de minhas próprias fadigas. Me beija com aquele beijo, aquele breve beijo, teu lânguido beijo, frio beijo, frio como a morte e vai embora junto com o Sol. Quero a brisa fria da praia à noite, rasgando as minhas faces com cada pequeno grão de areia. Quero que o tempo rasgue minhas carnes e carregue os pedaços para onde quiser levar. Quero ir pra longe, pra onde eu puder me levar.