Não,
não amo mais! Não, não quero mais! Hoje eu quero paz, hoje eu quero harmonia. Hoje
eu quero sim, alegria! – quero descer do muro e me deitar na grama. Quero me
apaixonar pelo chão frio e sujo. Quero construir uma barraca no campo. Quero
fazer um piquenique. Quero ficar olhando as nuvens e estrelas no céu e
inventar com o que elas estão se parecendo. Hoje eu quero de volta a minha
simplicidade pueril, mas com a certeza de tudo o que sei hoje. Hoje eu não
quero mais me importar com os olhares tortos e perguntas alheias. Eu não quero
açoites, nem brigas, nem rotinas: quero sentir o gosto, o cheiro e ver a cor da
água; igualmente assim com o vento. Eu não quero ninguém até que eu deixe de
ser áspero e ignorante o suficiente e volte a amar outra vez. Eu só quero amar
quando amar outra vez. Eu só quero amar quando amar de uma vez. Enquanto isso,
vou ficar no meu piquenique, feliz, no chão, de um dos lados do muro. Com um
sorriso no rosto, em meu próprio mundinho obscuro.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
O que eu quero
Eu
avisei. Voltei ao talvez. Voltei a me equilibrar em cima do muro, voltei às
perguntas sem respostas, às perguntas infundadas e às respostas
indefinidas. Eu voltei às respostas indecisas. Tudo era mais fácil quando
não existia a solidão e nem a necessidade de ter, de sentir algo – ou alguém...
E sabe, eu era feliz! Agora tudo o que eu tenho feito é buscar continuamente migalhas
– e dado também migalhas.
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"Eu só quero amar quando amar outra vez."... exatamente assim. Lindo! (:
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