sábado, 8 de dezembro de 2012

Cartas pra ninguém I: só pra desabafar

Hoje é mais certo do que nunca que eu estou tentando preencher o vazio que essa eterna solidão deixa aqui. Talvez seja a hora de assumir a realidade: não vou mais sorrir nem distribuir seus sorrisos por um bom tempo. Vou te lembrar até você cair no esquecimento. Vou te esquecer até que outro alguém me faça lembrar de ti, daí novamente minhas carnes passarão a se consumir de solidão e eu a arder de paixão. Só que aí serão outros sorrisos, outros momentos. Enquanto isso me conformo em ser um drogado não-conformado com seu desamor. Vou tomar minhas doses de recaídas diárias. Vou ficar dopado, ansioso, voltarei a tomar aquele remédio. Vou rir, pensando ser tudo isso bobagem. Vou chorar lembrando as decepções da minha bagagem - um não, uma rejeição. Bastava apenas uma resposta - mas nem isso; só caretas, incertezas e impurezas.

* * *









P.S.: Acabou-se meu mundo e ainda nem é 21 de dezembro.
Cá estou eu deitado, sentido sei-lá-o-que; não estou chorando, só falando comigo mesmo.
Escrevi esse texto só pra desabafar, agora vou dormir pra de ti por alguns instantes não mais lembrar.

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