quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

E adianta dizer alguma coisa quando faltam as palavras?

Se faltam é porque algo mais está em falta. Você faz falta. Tudo seu faz falta. Cada instante, cada toque, cada olhar. Sei que já não me olhas mais e é por isso que te procuro de noite em meio às sombras, nos meus sonhos, teu olhar. Me vejo preso no nevoeiro, dentro da tempestade, no olho do furacão. Eu sou o nevoeiro, a tempestade e o furacão. A diferença é que queimo de paixão. Vejo luzes: luzes ao meu redor, luzes a me cercar, a me cegar. Raiva, ódio, morte, vida, amor. Uma miscelânea de sentimentos aqui dentro. E não tem volta. Você não volta, nem com escolta. A estrada do tempo te leva pra bem longe. Distante. Eis que já nem te vejo mais. Acordo idoso e, ao meu lado, a fria e gélida solidão. A minha casa é um caixão e eu morri de desilusão.

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