– Qual o seu segredo?
– Qual o nosso mistério?
Você me faz sentir num filme sem sentido algum. Será que toda vez vai ser assim?... assim como aquelas músicas que não tem um final – motivo que me faz odiá-las! – músicas que diminuem o volume até a mudez, mas talvez isso seja menos dolorido do que um corte abrupto.
Inda nem inventei um nome pra você, inda nem sei se você é sol, calor, dia ou noite. Mas creio que seja chuva mesmo; a tempestade, o vento impetuoso em pleno mar aberto. Você é a tristeza – mas nisto consiste sua beleza. Nem tudo segue a ordem natural das coisas...
***
Hoje são outros rocks, outras chuvas inundando a minha vida inteira e vendo valer o que não valeu não valer à pena. Vendo o tanto que valho. Vendo o tanto o tenho. Eu vendo o tanto que tenho por paz e sossego, sem mais segredos, sem mais mistérios me agrego ao filme triste, mas belo em pleno mar aberto naquelas ondas em que vagueei tudo para trás. Nado para trás e abro aquele misterioso bilhete, que me revela – como uma facada no peito – o quanto sou comum, um qualquer, mais um passageiro que passou percebidamente desapercebido pelo bonde da vida.
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