domingo, 6 de outubro de 2013

Sem meios termos

Não quero saber de textos mornos. De meios termos. De incompletos. Não quero saber quem somos. Somos meios termos. Incompletos. Sem versos suficientes para completar o número de caracteres. Somos a busca por palavras para enriquecer o texto. Somos a tensão por terminar e recomeçar. Somos ávidas palavras procurando por si mesmas para serem lidas. Somos um surto de criatividade que apenas busca sossego, sinceridade.

Não quero saber de textos mornos. De termos mortos. Descomplexos. Não quero saber quem somos. Somos versos insuficientes, mas completos a tal ponto de satisfazer-se. Somos metades. Metades sem vontade de escrever-se a si mesmas, mas deixando as páginas passarem naturalmente. Somos desnaturalmente uma porção de letras. Garranchos. Somos borrões tentando encontrar um jeito de se juntar e formar algo que dê sentido. Somos a falta de sentido. Sinto. Sinto muito. E sinto mesmo. Segure-se no cinto!

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