E, de repente,
uma vontade de saber de tudo um pouco
De um pouco tudo
A vontade que me dá
A vontade que me tem
É de engolir o mundo – gulosamente!
Sem mastigar! Tudo de uma vez!
E, de repente,
estou soturno, noturno, diurno,
vespertino, vesperal
Estou com pressa, estou mentindo
Eu perco o lápis e a inspiração
Minha cabeça pira e a mente gira;
de preguiça, de raiva e de ódio.
Quem foi que disse que o poeta gosta de estudar?
Quem foi que prometeu a matemática decifrar?
Eu escrevo
Tu escreves
Ele não escreve
Nós escrevemos
Vós escrevais
E eles mentem.
Como dizia (diz!) o sábio:
"Tudo é canseira!"
Saber demais é como comer demais
Mentira é que nunca é demais
Vá dormir, arrumar suas coisas
E deixe tudo pra trás
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